Alexandre de Moraes vota pela condenação de sete réus por atuação em núcleo de desinformação do golpe de 2022

Alexandre de Moraes vota pela condenação de sete réus por atuação em núcleo de desinformação do golpe de 2022

Alexandre de Moraes vota pela condenação de sete réus por atuação em núcleo de desinformação do golpe de 2022

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta terça-feira (21) pela condenação de sete réus acusados de integrar o chamado núcleo da desinformação relacionado à tentativa de golpe de Estado de 2022.

Segundo o ministro, o grupo utilizou as redes sociais para atacar a democracia e espalhar mentiras sobre o sistema eleitoral e as urnas eletrônicas.

Entre os acusados estão os ex-militares Ailton Barros, Ângelo Denicoli, Giancarlo Gomes Rodrigues, Guilherme Marques de Almeida e Reginaldo Vieira de Abreu, além do policial federal Marcelo Bormevet e do presidente do Instituto Voto Legal, Carlos Cesar Rocha.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou os sete por golpe de Estado, organização criminosa e dano ao patrimônio público.

‘Mentira criminosa e antidemocrática’, diz Moraes

Durante a leitura do voto, Alexandre de Moraes afirmou que os réus usaram a internet para propagar desinformação e incentivar ataques às instituições democráticas, sob o pretexto de liberdade de expressão.

“É uma mentira criminosa e antidemocrática dizer que ataques à Justiça e à democracia são liberdade de expressão. Isso é crime tipificado no Código Penal”, declarou o ministro Alexandre de Moraes.

Moraes ressaltou que o grupo participou de cinco dos 13 atos executórios da trama golpista e destacou que a atuação digital dos acusados representa o que chamou de “novo populismo digital extremista”, caracterizado pelo uso coordenado das redes sociais para espalhar discurso de ódio e desinformação.

Julgamento segue no plenário do STF

Após o voto de Moraes, o julgamento será retomado ainda nesta terça-feira com a manifestação dos ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Flávio Dino, que apresentarão seus votos na sequência.

Os réus respondem no STF por envolvimento em ações que, segundo a acusação, visavam desestabilizar o regime democrático e incentivar atos de ruptura institucional ocorridos entre o final de 2022 e o início de 2023.